O Dinheiro Sujo da Covid-19
Num futuro próximo iremos recordar o ano de 2020 por todas as implicações que teve nas nossas vidas. Será recordado tanto pelo absurdo como pela sensatez.
Em Atenas, o Natal é celebrado de forma discreta e sem grandes exuberâncias. Na Grécia, tal como nos restantes países ortodoxos, a celebração maior ocorre por alturas da Páscoa.
Mesmo assim, há Natal. Há trocas de presentes e as famílias costumam também reunir-se. Este ano, no entanto, tal como ocorre na maior parte dos países ocidentais, tudo é diferente.
O comércio, por ordem do Governo, está encerrado desde meados de novembro. Os restaurantes e cafés podem apenas funcionar em regime de take-away. As escolas também encerraram e existe um “recolher obrigatório” entre as 21h00 e as 5h00.
A Grécia, que parecia ter sido poupada na primeira vaga de Covid-19, e onde se viveu numa aparente normalidade durante todo o verão, enfrenta agora uma mortífera segunda vaga, ultrapassando já os 3600 mortos. É sobretudo na zona norte do país, na Macedónia, que residem os principais focos de contágio, mas as medidas abrangem todo o país e são mais severas nas zonas mais afetadas.
Nos dias que precedem o Natal, os comerciantes foram “autorizados” pelo governo a funcionar em regime de venda online ou por telefone, com recolhas à porta. A confusão instalou-se…